Detalhes : Esteiros
O dia acaba de
nascer, o homem sai da cama e vai para a janela.
Demora-se a olhar
pela mesma, antes de iniciar o ritual de preparação para a rotina diária.
Na cama a mulher
interroga-se sobre o que lá fora, lhe despertará tanta atenção.
Dentro do homem uma
história nasce e personagens ganham vida.
Mais tarde ela
própria acercar-se-á da janela e verá por si: o rio que corre com a azáfama de
barcos habitual, o telhal cheio de gente naquela altura do ano, uma algazarra
de rapazes-homens e homens-homens todos ocupados em fazer do lodo que o rio
traz, tijolo e telha.
Trabalho duro e
necessário.
O homem
chamava-se Soeiro Pereira Gomes e o livro que escreverá inspirado nessa
observação diária chamar-se-á Esteiros e nele vivem para sempre esses “filhos dos homens
que nunca foram meninos”, para todos nós “vizinhos” aqui de Alhandra.
Esta é uma
história nossa, esta é a nossa História.
O jardim do Coreto é hoje o Jardim Soeiro Pereira Gomes
Monumento aos filhos dos homens que nunca foram meninos, de João Afra e João Duarte
A casa onde viveu o escritor com sua mulher e donde avistava os telhais
A lama do Tejo, manancial de vida e riqueza
Imagens para ver no Museu de Alhandra - precisamos no Museu de um núcleo em redor do escritor e do livro !
A primeira edição de Esteiros teve capa de Álvaro Cunhal - Soeiro Pereira Gomes foi militante e dirigente do PCP
O Cais 14
Memória dos telhais : um engenho exposto junto ao Bairro dos Avieiros
estou certa que "os filhos dos homens que nunca foram meninos" se sentirão honrados e felizes
ResponderEliminare que ficamos mais ricos, quando entendemos a história de que somos feitos, a história que marcou e construiu o nosso presente